quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

As novas doenças causadas pelo uso da internet

 A Internet é um buffet infinito de vídeos de gatos, TV e Instagrams de celebridades. Mas ela também pode estar aos poucos levando você à beira da insanidade. E não estamos aqui usando nenhuma figura de linguagem.
 À medida que a Internet evoluiu para ser onipresente da vida moderna, testemunhamos o aumento de uma série de transtornos mentais distintos ligados diretamente ao uso da tecnologia digital. Até recentemente, esses problemas, amenos ou destrutivos, não tinham sido reconhecidos oficialmente pela comunidade médica.
 Algumas dessas desordens são novas versões de aflições antigas, renovadas pela era da banda larga móvel, enquanto outras são criaturas completamente novas. Não fique surpreso se você sentir uma pontinha de – pelo menos – uma ou duas delas.

Nomophobia
O que é: a ansiedade que surge por não ter acesso a um dispositivo móvel. O termo “Nomophobia” é uma abreviatura de “no-mobile phobia” (medo de ficar sem telefone móvel).

Sabe aquela horrível sensação de estar desconectado quando acaba a bateria do seu celular e não há tomada elétrica disponível? Para alguns de nós, há um caminho neural que associa diretamente essa sensação desconfortável de privação tecnológica a um tremendo ataque de ansiedade.

 A nomophobia é o aumento acentuado da ansiedade que algumas pessoas sentem quando são separadas de seus telefones. E não se engane, pois não se trata de um #FirstWorldProblem (problema de primeiro mundo). O distúrbio pode ter efeitos negativos muito reais na vida das pessoas no mundo todo. E é mais intenso nos heavy users de dispositivos móveis.

Tanto que essa condição encontrou seu caminho na mais recente edição do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-5, ou Manual Diagnóstico e Estatístico de Distúrbios Mentais) e levou a um programa de tratamento dedicado à Nomophobia no Centro de Recuperação Morningside em Newport Beach, Califórnia.

Síndrome do toque fantasma
O que é: quando o seu cérebro faz com que você pense que seu celular está vibrando no seu bolso (ou bolsa, se você preferir).

Alguma vez você já tirou o telefone do bolso porque o sentiu tocar e percebeu depois que ele estava no silencioso o tempo todo? E, ainda mais estranho, ele nem estava no seu bolso para começo de conversa? Você pode estar delirando um pouco, mas não está sozinho.

 Segundo o Dr. Larry Rosen, autor do livro iDisorder, 70% dos heavy users (usuários intensivos) de dispositivos móveis já relataram ter experimentado o telefone tocando ou vibrando mesmo sem ter recebido nenhuma ligação. Tudo graças a mecanismos de resposta perdidos em nossos cérebros.

Náusea digital (Cybersickness)
O que é: a desorientação e vertigem que algumas pessoas sentem quando interagem com determinados ambientes digitais.

A última versão do iOS, sistema operacional móvel da Apple, é uma reivenção plana, versátil e bonita da interface do usuário móvel. Infelizmente, ela também faz as pessoas vomitarem e forneceu o mais recente exemplo da doença. Assim que a nova versão do iOS foi liberada para os usuários de iPhone e iPad no mês passado, os fóruns de suporte da Apple começaram a encher com reclamações de pessoas que sentem desorientação e náuseas depois de usar a nova interface.
 Isso tem sido atribuído em grande parte ao efeito que faz com que os ícones e a tela de abertura pareçam estar se movendo dentro de um mundo tridimensional abaixo do visor de vidro. Essas tonturas e náuseas resultantes de um ambiente virtual foram apelidadas de ciberdoença.
 O termo surgiu na década de 1990 para descrever a sensação de desorientação vivida por usuários iniciais de sistemas de realidade virtual. É basicamente o nosso cérebro sendo enganado e ficando enjoado por conta da sensação de movimento quando não estamos realmente nos movimentando.

Depressão de Facebook
O que é: a depressão causada por interações sociais (ou a falta de) no Facebook.

 Os seres humanos são criaturas sociais. Então você pode pensar que o aumento da comunicação facilitada pelas mídias sociais faria todos nós mais felizes e mais contentes. Na verdade, o oposto é que parece ser verdade.
 Um estudo da Universidade de Michigan mostra que o grau de depressão entre jovens corresponde diretamente ao montante de tempo que eles gastam no Facebook.
 Uma possível razão é que as pessoas tendem a postar apenas as boas notícias sobre eles mesmos na rede social: férias, promoções, fotos de festas, etc. Então é super fácil cair na falsa crença de que todos estão vivendo vidas muito mais felizes e bem-sucedidas que você (quando isso pode não ser o caso). Tenha em mente que esse crescimento da interação das mídias sociais não tem que levar ao desespero.

 O Dr. Rosen também conduziu um estudo sobre o estado emocional dos usuários do Facebook e identificou que, enquanto realmente há uma relação entre o uso do Facebook e problemas emocionais como depressão, os usuários que possuem um grande número de amigos na rede social mostraram ter menor incidência de tensão emocional.

 Isso é particularmente verdade quando o uso da mídia social é combinado com outras formas de comunicação, como falar ao telefone.
Moral da história: 
1) não acredite em tudo o que seus amigos postam no Facebook e 
2) pegue o telefone de vez em quando.

Transtorno de dependência da internet
O que é: uma vontade constante e não saudável de acessar à Internet.

 O Transtorno de Dependência da Internet (por vezes referido como Uso Problemático da Internet) é o uso excessivo e irracional da Internet que interfere na vida cotidiana. Os termos “dependência” e “transtorno” são um pouco controversos na comunidade médica, já que a utilização compulsiva da Internet é vista frequentemente como sintoma de um problema maior, em vez de ser considerada a própria doença.

“Diagnósticos duplos fazem parte de tratamentos, de modo que o problema está associado a outras doenças, como depressão, TOC, Transtorno de Déficit de Atenção e ansiedade social”, diz a Dra. Kimberly Young. A médica é responsável pelo Centro de Dependência da Internet, que trata de inúmeras formas de dependência à rede, como o vício de jogos online e jogos de azar, e vício em cibersexo. Além disso, ela identificou que formas de vício de Internet geralmente podem ser atribuídas a “baixa autoestima, baixa autossuficiência e habilidades ruins”.

Vícios de jogos on-line.
O que é: uma necessidade não saudável de acessar jogos multiplayer online.

 De acordo com um estudo de 2010 financiado pelo governo da Coreia do Sul, cerca de 18% da população com idades entre 9 e 39 anos sofrem de dependência de jogos online. O país inclusive promulgou uma lei chamada “Lei Cinderela”, que corta o acesso a games online entre a meia-noite e às 6 da manhã para usuários com menos de 16 anos em todo o país.

 Embora existam poucas estatísticas confiáveis ​​sobre o vício em videogames nos Estados Unidos, o número de grupos de ajuda online especificamente destinados a essa aflição aumentou nos últimos anos. Exemplos incluem o Centro para Viciados em Jogos Online e o Online Gamers Anonymous, que formou o seu próprio programa de recuperação de 12 passos. Embora a atual edição do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders não reconheça o vício em jogos online como um transtorno único, a Associação Psiquiátrica Americana decidiu incluí-lo em seu índice (ou seção III), o que significa que estará sujeito a mais pesquisa e pode eventualmente ser incluído junto a outras dependências não baseadas em substâncias químicas, como o vício em jogos de azar.

“Quando você é dependente de algo, seu cérebro basicamente está informando que precisa de certas substâncias neurotransmissoras, particularmente a dopamina e a serotonina, para se sentir bem”, diz o Dr. Rosen. “O cérebro aprende rapidamente que certas atividades vão liberar essas substâncias químicas. Se você é um viciado em jogos de azar, tal atividade é o jogo. Se você é um viciado em jogos online, então a atividade é jogar vídeogames. E a necessidade de receber os neurotransmissores exige que você faça repetidamente a atividade para se sentir bem.”

Cybercondria ou Hipocondria digital.
O que é: a tendência de acreditar que você tem doenças sobre as quais leu online.
 O corpo humano é um magnífico apanhado de surpresas que constantemente nos presenteia com dores misteriosas, aflições e pequenos inchaços que não estavam ali da última vez que verificamos. Na maioria das vezes, essas pequenas anormalidades não dão em nada.

 Mas os vastos arquivos de literatura médica disponíveis online permitem que a nossa imaginação corra solta em todos os tipos de pesadelos médicos!
Teve uma dor de cabeça? Provavelmente não é nada. Mas, de novo, a WebMD diz que essas dores de cabeça são um dos sintomas de tumor no cérebro. Há uma chance de você morrer muito em breve! É esse o tipo de pensamento que passa pela cabeça de um cibercondríaco – que juntam fatores médicos para chegar às piores conclusões possíveis.

 E isso está longe de ser incomum. Em 2008, um estudo da Microsoft descobriu que autodiagnósticos feitos a partir de ferramentas de busca online geralmente levam os “buscadores aflitos” a concluir o pior. A hipocondria sempre existiu, claro, mas antes as pessoas não tinham a Internet para ajudar a pesquisar informações médicas às três da manhã. A cibercondria é apenas uma hipocondria com conexão banda larga.

“A Internet pode exarcebar os sentimentos existentes de hipocondria e, em alguns casos, causar novas ansiedades. Porque há muita informação médica lá fora, e algumas são reais e válidas e outras contraditórias”, disse o Dr. Rosen. “Mas, na Internet, a maioria das pessoas não pratica a leitura literal da informação. Você pode encontrar uma maneira de transformar qualquer sintoma em milhares de doenças terríveis. Você alimenta essa sensação de que está ficando doente.”

O efeito Google
O que é: a tendência do cérebro humano de reter menos informação porque ele sabe que as respostas estão ao alcance de alguns cliques.

 Graças à Internet, um indivíduo pode facilmente acessar quase toda a informação que a civilização armazenou ao longo de toda sua vida. Acontece que essa vantagem acabou alterando a forma como nosso cérebro funciona.

 Identificada algumas vezes como “The Google Effect” (ou efeito Google) as pesquisas mostram que o acesso ilimitado à informação faz com que nossos cérebros retenham menos informações. Ficamos preguiçosos. Em algum lugar do nosso cérebro está o pensamento “eu não preciso memorizar isso porque posso achar no Google mais tarde”. 

 Segundo o Dr. Rosen, o Efeito Google não é necessariamente uma coisa ruim. Ele poderia ser visto como o marco de uma mudança social, uma evolução que apontaria para o nascimento de uma população mais esperta e mais informada. Mas também é possível, admite ele, que tenha resultados negativos em certas situações. Por exemplo, um jovem adolescente não memorizar a matéria das provas porque ele sabe que a informação estará no Google quando ele precisar, diz o médico.

Retirado de: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/10/conheca-doencas-provocadas-internet.html dia 02/01/2013 21:48

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Ciência, Tecnologia e a Sociedade em rede

A segunda guerra mundial, estabeleceu diversas das vertentes seguidas atualmente pela sociedade contemporânea. Uma das consequências do conflito, foi a necessidade de obter novas tecnologias de comunicação, rápidas e eficientes. Assim, entre os meios militares foi percebida a criação de diversos métodos e aparelhos de criptografia de informações, envio de mensagens, e outros aplicativos que estabelecessem a comunicação e troca de informações constantes entre os campos de campanha.

Essa necessidade, foi apenas ampliada com a chamada “Guerra Fria”, conflito passivo entre a União Soviética e os Estados Unidos, que motivou a criação de novas tecnologias, inclusive no âmbito da comunicação, conflitos posteriores como a campanha americana no Vietnã apenas intensificaram essa tendência.

Uma dessas tecnologias, é a atualmente conhecida, Internet. O maior conglomerado de redes de comunicações do mundo, nasceu durante a Guerra Fria consequência da competição por hegemonia tecnológica entre as potências capitalista e comunista. Logo após o lançamento do primeiro satélite artificial da Terra (Sputnik 1) pela URSS, os EUA se viram pressionados à avançar tecnologicamente também, para isso foi criada a DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency) a qual posteriormente desenvolveu um novo departamento dentro de sua organização, conhecido como IPTO (Information Processing Techniques Office) o qual tinha como tarefa o desenvolvimento de novas tecnologias para o envio de informações.

Uma das conquistas deste novo departamento, foi o chamado Arpanet (1969), sistema que se baseava na comutação de pacotes ao invés da usual comutação em circuitos, o que viria à conferir a maior estabilidade das redes de comunicação. O Arpanet, foi apenas o embrião da atual rede que utilizamos, a WWW (World Wide Web) ou simplesmente Web como conhecemos hoje, veio à vida apenas em 1990, desenvolvida pelo CERN (Organização Nuclear para Investigação Nuclear).

O próximo passo para a massificação de tal tecnologia, foi a implantação da mesma em Universidades e em meios organizacionais, sendo esta última a maior beneficiada, pois com a aplicação desta, a otimização dos processos tomou dimensões nunca antes vistas, a troca de dados em tempo real foi possível, e a consequente diminuição do desperdício e otimização do trabalho acabaram influindo no desempenho produtivo (e consequentemente lucrativo) destes meios.

Apenas em 1990 que a internet começou a influir significantemente na sociedade, o principal pivô dessa tendência foi o sucesso comercial do Windows 3, sistema operacional desenvolvido pela Microsoft o qual alavancou a venda e popularização dos chamados computadores pessoais (PC’s).

Inicialmente o uso da Web estava restrito à universidades e aos campos industriais, foi apenas em entre 1996 e 1997 que a Internet se popularizou nos meios domésticos, consequência da falta de controle sobre a utilização do sistema de redes, que promoveu a criação de empresas desenvolvedoras de novos softwares que proporcionaram o acesso irrestrito da população à internet e o compartilhamento de dados crescentes entre estes novos usuários. Abaixo está implícita uma pesquisa realizada pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), a qual expõe o crescimento exponencial do número de usuários entre 1997-2007 em uma amostra de 100 habitantes:


O uso crescente da Internet, e a liberdade criativa propiciada pela mesma, acabou por chamar a atenção de muitos investidores que viram nos usuários, consumidores em potencial, o surgimento exponencial de sites, cada vez mais variados e abrangentes, que propiciavam a realização das mais variadas tarefas virtualmente, tais como o pagamento de contas, compra de produtos e outros, acabou por influenciar não somente na adesão pessoal do indivíduo à internet, mas agora tomando proporções obrigatórias de inserção pessoal do indivíduo.
            
O surgimento e popularização das redes sociais pode ser observado como uma das principais vertentes da mecanização do relacionamento humano propiciada pela Web. Já não era preciso sair de casa para conhecer, compartilhar experiências e criar laços afetivos com novas pessoas, era preciso apenas um computador conectado à rede mundial. Facebook, Orkut, Twitter, Tumblr, são apenas alguns exemplos da infinidade de redes sociais virtuais existentes atualmente.
            
O crescimento e utilização das redes sociais como atividade complementar ao convívio humano (sendo algumas vezes visto como base) é uma tendência notável entre a população mundial, nos dias de hoje, estar conectado, ser usuário de redes sociais virtuais, é possuir uma vida social, é estar inserido no meio.
            
Segundo dados do Norton Cybercrime Report (2011), os brasileiros passam em média 30 horas semanais conectados (seis horas à mais que a média mundial, que é de 24 horas), sendo que destes, 44% alegam utilizar-se da internet para se manter conectado às redes sociais, pois sem estas, perderiam seus contatos.

Para o futuro é esperado a continuidade do processo de inclusão digital, pois a internet não apresenta benefícios somente para o usuário seja por sua praticidade ou conteúdo expansivo, existem muitas empresas de olho nestes possíveis consumidores, sendo assim, a virtualização dos estabelecimentos comerciais e a intensificação nos investimentos em propagandas em sites é uma tendência otimista e aplicável, o contato diário e obrigatório do usuário com propagandas seja no canto de uma janela de bate papo ou no início de um vídeo no YouTube, são vistas como grandes oportunidades de cativar novos consumidores.

Smartphones, Tablets e outros dispositivos de uso móvel os quais possuem conexão, assim como a disponibilização de conexão à internet de forma barata e de boa qualidade, são vertentes já bastante estudadas. Hoje já se tornou obrigação do governo público, a disponibilização ao acesso gratuito de internet, assim como a expansão do número de redes e inspeção da qualidade de conexão, bem como das empresas que oferecem estes serviços.

O que fica de tudo isto, é uma visão otimista de um mundo cada vez mais globalizado, e a mudança no comportamento mundial, com a inserção constante das mídias digitais em nossas vidas, assim como a adequação da própria população à este novo cenário mundial, além da necessidade dos meios comerciais seguirem esta tendência e se virtualizarem também de maneira à atender esta nova e crescente demanda.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Relatório Norton Cybercrime 2011


 Há quatro anos a Norton, conhecida empresa desenvolvedora de softwares anti-vírus, realiza relatórios sobre as tendências seguidas pela comunidade inserida no âmbito virtual, os dados obtidos são deveras curiosos e apresentam uma visão ampla e de fácil compreensão dos resultados obtidos pela pesquisa. O relatório traduzido de 2011 se encontra acessando o link abaixo, confira:

http://br.norton.com/cybercrimereport

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Cyberbullying/Difamação Virtual

 Como foi dito no texto de Walter Antonio Bazzo, estudado durante o curso, os estudos de CTS dividem-se entre a tradição europeia e a tradição americana. Nosso trabalho segue a vertente europeia, à medida que o blog traz uma análise de caráter descritivo sobre a relação entre o indivíduo e as redes sociais.

Buscamos um marco explicativo através da psicologia, fazendo uma interação entre alguns fenômenos ocorridos nas redes sociais e certos complexos psicológicos. Um exemplo é o cyberbullying, que nada mais é do que uma maneira vexatória e discriminatória de exposição do outro por meio das redes sociais. Podemos acompanhar diversos casos de suicídio ou depressão daqueles que sofrem tais atos, como o caso recente da garota Fran, de 19 anos, que teve vídeo de sexo divulgado nas redes sociais. Tais exposições podem trazer consequências psicológicas graves para a vítima, que se afasta do convivio social por meio de perseguições. 

Projeto de Lei

 Na quarta-feira (23/10), o deputado federal Romario (PSB - RJ) apresentou o Projeto de Lei 6.630 de 2013, que torna crime a divulgação indevida de material íntimo. Em seu perfil no Facebook, o político e ex-jogador de futebol publicou nesta sexta-feira dia 25 que "esses crimes se tornaram muito comuns depois dos smartphones e causam prejuízos irreversíveis à moral e à integridade das vítimas, que são, em sua maioria mulheres."

 No projeto apresentado, Romário justificou que a Constituição Federal já assegura o direito à inviolabilidade de intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas. "Contudo, lamentavelmente cresce o numero de mulheres que têm suas imagens íntimas disponibilizadas nos meios eletrônicos por seus ex-companheiros, por ato de vingança, humilhação ou autopromoção", relatou.



segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Curiosidades sobre o Facebook

 Descobrimos no Youtube um vídeo que nos revela alguns dados numéricos sobre a rede social mais usada e mais influente no planeta, o Facebook.




Os dados apresentados no vídeo, respectivamente traduzidos para o português:
  • A partir de 2011, havia 500,000,000 de usuários ativos no Facebook;
  • Isso é 1 em cada 13 pessoas na Terra;
  • 48% dos usuários de 18 aos 34 anos de idade checam o Facebook assim quando acordam;
  • Existem 206,2 milhões de usuários de internet nos Estados Unidos, isso significa 71,2% da audiência da web nos Estados Unidos está no Facebook;
  • 57% das pessoas falam mais online do que falam na vida real;
  • 48% dos jovens norte americanos disseram que descobrem as notícias através do Facebook;
  • Um recorde de 750 milhões de fotos foram enviadas para o Facebook somente no fim de semana do ano novo;
  • 20 minutos no Facebook: 
       Links compartilhados - 1.000.000. 
       Convites de eventos- 1.484.000
       Fotos marcadas - 1.323.000
       Atualizações de status - 1.851.000
       Pedidos de amizade aceitos - 1.972.000
       Fotos enviadas - 2.716.000
       Mensagens enviadas - 2.716.000
       Comentários feitos - 10.208.000.


sábado, 14 de dezembro de 2013

Dica de leitura: A Era da Informação




A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura, é uma trilogia de livros de autoria do sociólogo espanhol Manuel Castels lançados entre 1996 e 1998, sendo esta composta pelas seguintes obras: A Sociedade em Rede (1996), O Poder da Identidade (1997) e a conclusão, Fim do Milênio (1998).

Em sua obra o autor destrincha os impactos da internet e de outras mídias digitais sobre a sociedade e a cultura contemporânea como um todo, apresentando uma detalhada análise da história das redes, desde seus primórdios, quando até então era utilizada em campanhas militares, para a rápida troca de informações, até sua posterior aplicação nos meios industriais e logo após com o surgimento dos microcomputadores sua entrada, nas casas de cada um de nós.

Além disso, nos é apresentado os impactos da rede sobre os meios industriais, a maneira como as mídias digitais propiciaram a melhor organização e controle dos processos industriais de maneira barata e prática, contribuindo para a expansão do capitalismo e da economia mundial.

Por último, o autor apresenta análises dos impactos futuros que a internet poderia vir a trazer, para a sociedade como um todo, baseado naquela época no constante crescimento, é importante ressaltar que as mídias digitais já possuíam um crescimento e aplicação consideráveis já naquela época nos países mais desenvolvidos, o que só veio acontecer em terras tupiniquins anos mais tarde.

Confesso que ainda não li a trilogia, mas me interessei bastante pela narrativa e o conteúdo em si, considero que fica aí uma boa dica de leitura e que se aplica bastante à disciplina em questão, pois além de tratar das relações pessoais, a obra expressa e discursa bastante sobre a tecnologia e de que maneira ela influencia os meios organizacionais e a nossa vida. 


PS: Procurei saber, e temos exemplares disponíveis na biblioteca da universidade!

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

A lacuna não preenchida entre o virtual e o real.

 Na década de 70, o sociológo americano Robert Weiss escreveu que existem dois tipos de solidão: a emocional e a social. Segundo ele, "a solidão emocional é o sentimento de vazio e inquietação causado pela falta de relacionamentos profundos. A solidão social é o sentimento de tédio e marginalidade causado pela falta de amizades ou de um sentimento de pertencer a uma comunidade".
  
 É através da solidão emocional que as pessoas sentem estarem sozinhas, mesmo quando estão rodeadadas de pessoas. Ela  tem se intensificado nos ultimos anos com o avanço e popularização das redes sociais pelo Brasil e pelo mundo. Em média, uma pessoa comum possui mais de uma centena de contatos nas redes sociais (Orkut, Facebook, Twitter, etc), mas segundo o antropólogo inglês Robin Dunbar, os seres humanos só conseguem manter uma relação social estável com 150 pessoas. Mesmo que se tenha um numero de amigos inferior a esse número proposto por Robin, é muito improvável que se conheça pessoalmente todos os contatos e, mesmo que isso seja fato, quase sempre não são mantidos relacionamentos próximos com essas pessoas.

Ou seja, a utilização das redes sociais não pode suprir a necessidade humana de contato constante e convívio, já que somos seres muito dependentes de sociabilidade. As amizades virtuais geralmente não ultrapassam o nível de coleguismo, enquanto as verdadeiras amizades ficam quase sempre restritas às pessoas com quem mantemos contato diariamente e de uma forma mais íntima de próxima, já que a interação virtual não pode suprir a necessidade de sentimento. Jamais será possível conversar e se sentir do mesmo jeito quando se interage com uma pessoa pessoalmente, e quando se faz isso através de um smartphone ou computador.