A
segunda guerra mundial, estabeleceu diversas das vertentes seguidas atualmente
pela sociedade contemporânea. Uma das consequências do conflito, foi a
necessidade de obter novas tecnologias de comunicação, rápidas e eficientes.
Assim, entre os meios militares foi percebida a criação de diversos métodos e
aparelhos de criptografia de informações, envio de mensagens, e outros
aplicativos que estabelecessem a comunicação e troca de informações constantes
entre os campos de campanha.
Essa
necessidade, foi apenas ampliada com a chamada “Guerra Fria”, conflito passivo
entre a União Soviética e os Estados Unidos, que motivou a criação de novas
tecnologias, inclusive no âmbito da comunicação, conflitos posteriores como a
campanha americana no Vietnã apenas intensificaram essa tendência.
Uma
dessas tecnologias, é a atualmente conhecida, Internet. O maior conglomerado de
redes de comunicações do mundo, nasceu durante a Guerra Fria consequência da
competição por hegemonia tecnológica entre as potências capitalista e
comunista. Logo após o lançamento do primeiro satélite artificial da Terra
(Sputnik 1) pela URSS, os EUA se viram pressionados à avançar tecnologicamente
também, para isso foi criada a DARPA (Defense Advanced Research Projects
Agency) a qual posteriormente desenvolveu um novo departamento dentro de sua
organização, conhecido como IPTO (Information Processing Techniques Office) o
qual tinha como tarefa o desenvolvimento de novas tecnologias para o envio de
informações.
Uma
das conquistas deste novo departamento, foi o chamado Arpanet (1969), sistema
que se baseava na comutação de pacotes ao invés da usual comutação em
circuitos, o que viria à conferir a maior estabilidade das redes de
comunicação. O Arpanet, foi apenas o embrião da atual rede que utilizamos, a
WWW (World Wide Web) ou simplesmente Web como conhecemos hoje, veio à vida
apenas em 1990, desenvolvida pelo CERN (Organização Nuclear para Investigação
Nuclear).
O
próximo passo para a massificação de tal tecnologia, foi a implantação da mesma
em Universidades e em meios organizacionais, sendo esta última a maior
beneficiada, pois com a aplicação desta, a otimização dos processos tomou
dimensões nunca antes vistas, a troca de dados em tempo real foi possível, e a
consequente diminuição do desperdício e otimização do trabalho acabaram
influindo no desempenho produtivo (e consequentemente lucrativo) destes meios.
Apenas
em 1990 que a internet começou a influir significantemente na sociedade, o principal
pivô dessa tendência foi o sucesso comercial do Windows 3, sistema operacional
desenvolvido pela Microsoft o qual alavancou a venda e popularização dos
chamados computadores pessoais (PC’s).
Inicialmente
o uso da Web estava restrito à universidades e aos campos industriais, foi
apenas em entre 1996 e 1997 que a Internet se popularizou nos meios domésticos,
consequência da falta de controle sobre a utilização do sistema de redes, que
promoveu a criação de empresas desenvolvedoras de novos softwares que
proporcionaram o acesso irrestrito da população à internet e o compartilhamento
de dados crescentes entre estes novos usuários. Abaixo está implícita uma
pesquisa realizada pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), a qual
expõe o crescimento exponencial do número de usuários entre 1997-2007 em uma
amostra de 100 habitantes:
O uso crescente da Internet, e a
liberdade criativa propiciada pela mesma, acabou por chamar a atenção de muitos
investidores que viram nos usuários, consumidores em potencial, o surgimento
exponencial de sites, cada vez mais variados e abrangentes, que propiciavam a
realização das mais variadas tarefas virtualmente, tais como o pagamento de
contas, compra de produtos e outros, acabou por influenciar não somente na adesão
pessoal do indivíduo à internet, mas agora tomando proporções obrigatórias de
inserção pessoal do indivíduo.
O surgimento e popularização das
redes sociais pode ser observado como uma das principais vertentes da
mecanização do relacionamento humano propiciada pela Web. Já não era preciso
sair de casa para conhecer, compartilhar experiências e criar laços afetivos
com novas pessoas, era preciso apenas um computador conectado à rede mundial.
Facebook, Orkut, Twitter, Tumblr, são apenas alguns exemplos da infinidade de
redes sociais virtuais existentes atualmente.
O crescimento e utilização das redes
sociais como atividade complementar ao convívio humano (sendo algumas vezes
visto como base) é uma tendência notável entre a população mundial, nos dias de
hoje, estar conectado, ser usuário de redes sociais virtuais, é possuir uma
vida social, é estar inserido no meio.
Segundo dados do Norton Cybercrime
Report (2011), os brasileiros passam em média 30 horas semanais conectados
(seis horas à mais que a média mundial, que é de 24 horas), sendo que destes,
44% alegam utilizar-se da internet para se manter conectado às redes sociais,
pois sem estas, perderiam seus contatos.
Para
o futuro é esperado a continuidade do processo de inclusão digital, pois a internet
não apresenta benefícios somente para o usuário seja por sua praticidade ou
conteúdo expansivo, existem muitas empresas de olho nestes possíveis
consumidores, sendo assim, a virtualização dos estabelecimentos comerciais e a
intensificação nos investimentos em propagandas em sites é uma tendência
otimista e aplicável, o contato diário e obrigatório do usuário com propagandas
seja no canto de uma janela de bate papo ou no início de um vídeo no YouTube,
são vistas como grandes oportunidades de cativar novos consumidores.
Smartphones,
Tablets e outros dispositivos de uso móvel os quais possuem conexão, assim como
a disponibilização de conexão à internet de forma barata e de boa qualidade,
são vertentes já bastante estudadas. Hoje já se tornou obrigação do governo
público, a disponibilização ao acesso gratuito de internet, assim como a
expansão do número de redes e inspeção da qualidade de conexão, bem como das
empresas que oferecem estes serviços.
O
que fica de tudo isto, é uma visão otimista de um mundo cada vez mais
globalizado, e a mudança no comportamento mundial, com a inserção constante das
mídias digitais em nossas vidas, assim como a adequação da própria população à
este novo cenário mundial, além da necessidade dos meios comerciais seguirem
esta tendência e se virtualizarem também de maneira à atender esta nova e
crescente demanda.