segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

A lacuna não preenchida entre o virtual e o real.

 Na década de 70, o sociológo americano Robert Weiss escreveu que existem dois tipos de solidão: a emocional e a social. Segundo ele, "a solidão emocional é o sentimento de vazio e inquietação causado pela falta de relacionamentos profundos. A solidão social é o sentimento de tédio e marginalidade causado pela falta de amizades ou de um sentimento de pertencer a uma comunidade".
  
 É através da solidão emocional que as pessoas sentem estarem sozinhas, mesmo quando estão rodeadadas de pessoas. Ela  tem se intensificado nos ultimos anos com o avanço e popularização das redes sociais pelo Brasil e pelo mundo. Em média, uma pessoa comum possui mais de uma centena de contatos nas redes sociais (Orkut, Facebook, Twitter, etc), mas segundo o antropólogo inglês Robin Dunbar, os seres humanos só conseguem manter uma relação social estável com 150 pessoas. Mesmo que se tenha um numero de amigos inferior a esse número proposto por Robin, é muito improvável que se conheça pessoalmente todos os contatos e, mesmo que isso seja fato, quase sempre não são mantidos relacionamentos próximos com essas pessoas.

Ou seja, a utilização das redes sociais não pode suprir a necessidade humana de contato constante e convívio, já que somos seres muito dependentes de sociabilidade. As amizades virtuais geralmente não ultrapassam o nível de coleguismo, enquanto as verdadeiras amizades ficam quase sempre restritas às pessoas com quem mantemos contato diariamente e de uma forma mais íntima de próxima, já que a interação virtual não pode suprir a necessidade de sentimento. Jamais será possível conversar e se sentir do mesmo jeito quando se interage com uma pessoa pessoalmente, e quando se faz isso através de um smartphone ou computador.